O uso de refrigerante na rotina alimentar de crianças pode causar entre tantos outros problemas distúrbios mentais. O alerta é da nutricionista infantil Carla Lemos, que comemorou o projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa do Piauí que proíbe a venda e distribuição de refrigerante nas escolas do estado .
Carla Lemos explicou durante entrevista ao programa O Dia News, da O Dia Tv, que a composição química do refrigerante contém componentes, como xarope de milho, aromatizantes, aditivos químicos e até mesmo ácido fosfórico, que alteram o funcionamento normal do organismo humano. Os açúcares são outra preocupação da especialista.
“Há uma alta probabilidade de causar diabetes, hipertensão, sobrepeso, altos picos de insulina, enfraquece os ossos, os dentes e há estudos científicos que comprovam que excesso de açúcares também podem trazer malefícios a saúde mental, como ansiedade e depressão e até mesmo TDH”, elencou.
Foto: Jailson Soares / O Dia
Por esses riscos, a nutricionista aponta que o refrigerante não deve fazer parte da rotina alimentar e muito menos do cardápio de crianças. Por outro lado, é comum os desafios dos pais em substituir o produto da rotina dos filhos. Carla indica métodos que podem ser eficazes na troca.
“Os pais devem substituir o refrigerante de maneira bem lenta, gradativa, sem causar estresse ou a recusa do alimento alternativo. As melhores opções são sucos naturais, suco da fruta. Nada de trocar refrigerante por suco artificial, que é a mesma coisa. Até mesmo água saborizada, que são feitas de água com gás juntamente com frutas e verduras”, afirmou.
Os refrigerantes light, diet também trazem perigos para a saúde. Carla conclui ao afirmar que refrigerante não é benéfico para nenhuma faixa etária. “Essa é uma ilusão. A diferença entre refrigerante e o refrigerante zero está nas calorias, porque tem uma quantidade menor de açúcar, mas em compensação os compostos que trazem o mal funcionamento para o organismo ainda estão lá. O refrigerante não traz benefício nem para o adulto, muito menos para uma criança que está em pleno desenvolvimento”, finalizou.